Dentro e fora do Brasil, saiba quem são os artistas que criaram – e levaram – os seus próprios mundos para dentro das casas do público, que segue isolado.
Texto Pétala
Foto Camila Tuon
Nos últimos meses, o mundo lá fora não nos trouxe uma paisagem muito agradável, mas o mundo dos videoclipes nos ajudou. Já para os artistas, sem shows, o investimento nos visuais se tornou ainda mais importante para o público curioso.
Com visuais que transitam do céu ao inferno como em “Montero (Call Me By Your Name)”, de Lil Nas X, ou passeiam pela Zona Norte do Rio de Janeiro com a IZA, em “Gueto” selecionamos alguns dos melhores vídeos do ano para serem descobertos ou revisitados:
Liniker – “Baby95”
Uma realidade para os apaixonados e um sonho para os solteiros, Liniker compartilhou em junho o clipe de “Baby95”. Dirigido por Camila Tuon e Gabiru, a dupla criou uma história de amor baseada nos detalhes do cotidiano e mostrando que o verdadeiro amor se baseia na simplicidade.
Rafa Castro – “Teletransportar”
No curta-metragem do álbum “Teletransportar”, Rafa Castro emociona contando a história de Juliano (interpretado pelo bailarino Diogo Granato), um professor que agora encara as ruas como entregador de aplicativo, devido à pandemia. O vídeo foi gravado de forma analógica em São Paulo e revelado em Nova Iorque.
Negra Li – “Comando”
O ser mais poderoso do mundo é uma mulher negra. E isso não tem discussão. Negra Li reforça tal fato no clipe de “Comando”, dirigido por João Monteiro. Com cenas e impactos semelhantes à algumas passagens do clipe de “Formation”, de Beyoncé, o vídeo mostra a Casa Grande sendo tomada por quem um dia a serviu.
Duda Beat ft. Trevo – “Nem Um Pouquinho”
Em um centro de São Paulo pós-apocalíptico, Duda Beat e seus amigos se tornam criaturas de outro mundo através do olhar da produtora de cinema Alaska, a mesma do “Modo Turbo”. Em busca de um amor que não vale nem um pouquinho mas instiga muitinho, acompanhamos a artista e suas diversas facetas (literalmente) em uma aventura insaciável e letal.
IZA – “Gueto”
Se existe um diretor cobiçado no Brasil atualmente, é Felipe Sassi, o responsável pelos visuais de nomes como Gloria Groove e Ludmilla. Inclusive, selecionar um de seus clipes lançados este ano para a lista foi um desafio. Mas quando sua visão encontrou o toque de Midas de IZA, não teve como fugir. “Gueto” leva o público para conhecer, verdadeiramente, as belezas do Rio de Janeiro em um vídeo emocionante e contagiante.
Megan Thee Stallion – “Thot Shit”
Quem nunca quis atropelar um conservador? Megan Thee Stallion realizou esse sonho pra gente no clipe de “Thot Shit”, dirigido por Aube Perrie. Com críticas diretas aos políticos republicanos que repudiaram seu trabalho, a artista não poupa a imaginação de ninguém e mostra o que gostaria de fazer com esses homens – assista até o final, você não vai se arrepender.
Olivia Rodrigo – “good 4 u”
Amor adolescente é um negócio engraçado. A gente chora, ouve música triste até desidratar, e às vezes, incendia o quarto do ex. Quem nunca, né? Olivia Rodrigo incorpora todos esses sentimentos no vídeo de “good 4 u”, assinado por Petra Collins e que traz referências a filmes de suspense como Garota Infernal, de 2009.
Chloe x Halle – “Ungodly Hour”
Um dos melhores discos do último ano tinha que ter uma faixa-título tão incrível quanto, e um clipe melhor ainda. “Ungodly Hour”, das irmãs Chloe x Halle, dirigido por Alfred Marroquín, mostra a dupla em um cenário futurístico e até alienígena, embalando mais ainda o público no feitiço e talento das artistas.
Kali Uchis, Jhay Cortez – “la luz (Fin)”
Uma das artistas mais fiéis à estética dos anos 90 e 2000, Kali Uchis compartilhou um mundo cor-de-rosa ao lado da amada no clipe de “la luz (Fin)”, dirigido pela própria colombiana ao lado de Lauren Dunn. Com cenografia e styling impecáveis, o vídeo é uma quente viagem no tempo.
Lil Nas X – Montero (Call Me By Your Name)
O ano não acabou ainda, mas Lil Nas X fez questão de marcar terreno para concorrer ao vídeo mais falado do ano com “Montero (Call Me By Your Name)”. Dirigido por Nas e Tanu Muino, o vídeo marcou o lugar do artista como um ícone LGBTQIA+, e mostra sua jornada combatendo e aceitando sua sexualidade como uma potência e não um fardo, tanto na vida pessoal como em sua carreira.