A noite de estreia da banda amazonense na cidade faz parte do calendário de comemoração dos 10 anos da Balaclava Records
Texto Isabela Yu
Foto Demi Brasil
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“Música para colocar no fone e sentir a vibe de ser jovem, não importa a idade”, explica Gabriel Mar, vocalista e guitarrista, sobre o som da sua banda, a Jambu. O grupo foi escolhido para abrir o show do boy pablo em São Paulo, que vai acontecer no dia 20 de abril como parte do calendário de comemorações dos 10 anos da Balaclava Records. (Ingressos aqui). O quarteto, formado pelo músico, ao lado dos amigos Gustavo Costa (baixo), Roberto Freire (guitarra) e Yasmin Moura (bateria), no final de 2019, tem dois EPs e alguns singles lançados.
“A gente já estava envolvido com a música, mas de uma maneira despretensiosa. A banda foi o nosso primeiro projeto musical”, comenta o vocalista. Unidos pelo indie rock, destacam como influência alguns nomes da Oceania, como no caso de Ocean Alley, Sticky Fingers, Spacey Jane, Mako Road, além de pitadas de brit rock, grunge e música pop. “Apesar das diferenças, no final, tudo acaba sendo traduzido no nosso estilo indie”. Entre os planos para este ano, ensaiam novas músicas e também trabalham em uma nova fase estética para a banda. Acompanhe o bate-papo a seguir:
Além da expectativa de abrir para o boy pablo, vocês também vão se apresentar pela primeira vez em São Paulo. Vocês são fãs do som dele? E quais são as preparações?
Isso é até meio engraçado (risos). Ficamos felizes quando o show dele foi confirmado e pensamos que seria muito legal estar em São Paulo para ver esse show. E agora a gente vai abrir! A expectativa é absurda porque vai ser a nossa primeira vez tocando na cidade e participando de um evento a convite da Balaclava. boy pablo é uma grande referência para o indie da atualidade, então é incrível poder abrir esse show.
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Vocês começaram a lançar músicas na pandemia, quando os shows não eram permitidos. Como está sendo a experiência de tocar ao vivo?
Desde o começo da banda, o nosso maior sonho era poder fazer isso, compartilhar a nossa música com outras pessoas. Infelizmente isso demorou um pouco pra acontecer, mas agora que começamos a fazer shows é impressionante como isso impacta de uma forma positiva a relação das pessoas com a Jambu.
Quantos shows vocês já fizeram juntos? Qual foi o mais especial até agora?
Não consigo contar ao certo, mas além do Amazonas, já tocamos na Bahia. O nosso mais marcante foi o último que aconteceu no dia 9 de abril: nós organizamos um festival de música independente que lotou a casa. Ver como todo mundo cantava as nossas músicas e curtia o show foi algo surreal.
Especialmente sobre a cena amazonense, quais outros artistas e bandas a gente deve ficar de olho?
Nossa cena tem criado cada vez mais forças e feito mais barulho, posso citar diversos nomes. Alguns deles estão com álbuns incríveis recém-lançados, como Gabi Farias (Enchente) e Dan Stump (Transe Tropical). Outras bandas como Doral e Conduta092 são nomes que prometem bons lançamentos ainda neste ano.
Vocês sentem que tem uma nova cena musical acontecendo?
Com certeza é possível perceber um novo movimento surgindo. A cena amazonense tem ganhado muito espaço em outros ambientes, o que é fantástico! Um exemplo desses espaços que estamos ocupando é a oportunidade que tivemos em conjunto com a Balaclava para fazer algo histórico para uma banda amazonense. É muito importante as cenas se conectarem para criarmos um ambiente cultural mais forte no país. Para acabarmos com os estigmas relacionados ao lugar de origem dos artistas.