Guitartokers: 7 criadoras de conteúdo falam sobre representatividade na música 

Como o TikTok se tornou um espaço seguro de troca de conhecimento entre mulheres e como esse movimento vem impactando a nova geração de fãs de música

Texto Fernanda Castilho
Foto Divulgação

April Kae

O TikTok atingiu a marca de 1 bilhão de usuários ativos diariamente. Há três anos, a plataforma não para de angariar novos criadores de conteúdo. Mas sobre isso, nós já sabemos. Desde então, um tipo específico de conteúdo me chama a atenção: instrumentistas, mulheres tocando guitarra ou baixo, produtoras musicais, e o infinito universo de artistas produzindo conteúdos. 

Se antes acompanhava youtubers fazendo covers e compartilhando seu processo de evolução na guitarra ou baixo, agora vejo mais meninas compartilhando vídeos tocando, cantando, falando sobre equipamentos, home studio e gravações. Ao produzir este tipo de conteúdo, elas vêm incentivando e encorajando umas às outras a mergulhar no mundo da música. Pensando nisso, conversei com sete artistas sobre a produção de conteúdo no TikTok, inspirações e descobertas musicais:

@aprilkae.nyc

This bass guitar line is true classic 🍒 and I had so much fun combining slap bass and alternate finger picking to really make it groove. To me, the best thing about being a bass guitar player is finding subtle ways to really enhance a song. 🎸 Sending big bass player love to @Trip Carter for being an amazing bassist and musician far beyond bass guitar, and inspiring me to try some new editing techniques for this video. What do you think of the zoom edits? #bassguitar #bass #basstok

♬ original sound – April Kae

Quando começou a tocar? 

April Kae (@aprilkae.nyc): Cresci numa família de músicos. Os meus pais se conheceram numa banda. Então sempre tinha um piano por perto, acho que foi meu o primeiro instrumento. Depois peguei o violão com 12 anos. Crescendo em Austin, no Texas, o violão estava em todo lugar. Comecei com o baixo quando tinha essa mesma idade. Depois troquei para a guitarra. Estava tocando jazz, rock, clássico, desde o começo da faculdade. Comecei a cantar. Os instrumentos que mais toco então são o baixo, a guitarra e o canto. A minha paixão é realmente tocar com outros músicos, especialmente com o baixo e a voz. 

Bebé (@bebesalvego): Comecei a tocar violão com 10 anos, foi o meu primeiro instrumento. Mas o meu primeiro instrumento, na verdade, foi a voz. Então, com oito anos já cantava. Passei pela febre do ukulele, mas cheguei na guitarra, e ela é minha amiga até agora. Hoje em dia, gosto muito de tirar umas linhas de baixo e umas coisas no teclado. 

Erica Silva, Mulamba (@mulambaoficial): Com cinco anos. Sempre fui autodidata e curiosa. Meu primeiro instrumento foi o violão e depois baixo e guitarra. A voz sempre esteve envolvida nesse processo, mas por muito tempo tive vergonha de cantar na frente das pessoas. Fui crescendo e fui me libertando dessa vergonha e gosto muito, mas tocar é algo que sou apaixonada.

Juliana Macuco (@jubarrrte): Comecei a tocar violão com 11 anos, mas abandonei poucos anos depois. Com 19, tive o meu primeiro contato com um contrabaixo, mas só fui começar a praticar regularmente na pandemia, aos 21, quando comprei o meu primeiro baixo.

Kaysie (@feelingblew): Comecei a ter curiosidade sobre instrumentos com um teclado na minha casa, quando eu tinha mais ou menos 10 anos, mas não cheguei a ficar boa nele. Aos 15, me aventurei no ukelele porque fiquei de castigo e não tinha mais nada para fazer. Depois de aprender várias músicas preferidas, me arrisquei num violão gigantesco e foi super difícil para me adaptar, mas aprendi o bastante para querer continuar. Agora só toco guitarra elétrica e minha Fender Mustang é a minha preferida.

Marília Toledo (@bassrilia): Em 2014, mas nunca peguei para aprender, tocava e acompanhava tutoriais. Comecei a tocar baixo em 2019, mas era um instrumento emprestado. Toquei e falei “é isso!”. Mas depois tive que devolver. E sempre foi um instrumento muito caro. Veio a pandemia, e na metade de 2020, comprei o meu primeiro baixo. Foi paixão à primeira vista. E foi bem quando rolou o boom da pandemia no TikTok. Comecei a usar, e só aparecia vídeo de música para mim, o conteúdo que eu consumia na época. Pensei “acho que dá para fazer isso também”. Só que eu não tinha nada para gravar, então ainda esperei mais uns meses para começar a postar. 

Nina Lüders (@iamnotsolange): Cresci tocando piano desde muito nova, mas só fui começar no baixo e na guitarra em janeiro de 2021. Eu já sabia tocar alguns acordes básicos no violão, mas nada de mais. Eu sabia que queria aprender a tocar de forma ágil, e acho que meu background no piano me ajudou a evoluir rápido.

Nina Lüders

O que te levou a criar e a compartilhar vídeos? 

April Kae (@aprilkae.nyc): Comecei a postar no TikTok há dois anos. Escolhi postar lá porque o Instagram era mais para fotos. O TikTok é uma ótima plataforma para compartilhar vídeos tocando instrumentos. Naturalmente, mergulhei na plataforma assim que comecei a produzir conteúdo em vídeos e focar em música nas redes sociais. E fui definitivamente inspirada por outras mulheres tocando instrumentos. 

Bebé (@bebesalvego): Resolvi postar no TikTok quando nem era TikTok, era outro aplicativo. Enfim, eu já era super das trends, do lipsync, tudo mais. Na primeira experiência no TikTok não curti muito, não deu match. Gostava muito da plataforma vizinha. Mas me rendi e comecei a postar. Agora o algoritmo me entende muito bem, me vejo mais nele hoje em dia. 

@bebesalvego

amanhã tem #sampathegreat em SÃO PAULO na Audio. nem to acreditani que vou abrir esse show 🥺❤#Energy #fypシ #fyp

♬ som original – Bebé

Erica Silva, Mulamba (@mulambaoficial): Sempre achei interessante a possibilidade de publicar vídeos para mostrar um pouco do que acontece por trás dos palcos e das músicas prontas, acho que as pessoas não fazem ideia dos processos, do trabalho que dá e das curiosidades escondidas. Além disso, sempre fui muito rata de YouTube, procurando novas versões das músicas que eu gostava, versões ao vivo, arranjos criativos e afins. Infelizmente não me sobra muito tempo para gravar vídeos, mas isso é algo que quero muito fazer, poder ser mais assídua, conseguir reservar um tempinho para produção de vídeos divertidos e musicais pro TikTok e outras redes sociais.

Juliana Macuco (@jubarrrte): Comecei a publicar no TikTok porque achei que seria um bom jeito de documentar o meu aprendizado no baixo e conseguir enxergar o meu desenvolvimento. Com os vídeos curtinhos e tendo mais engajamento do que em outras redes sociais, encontrei um bom jeito de não desanimar. As TikTokers que me inspiram são Blue Detiger, Towa Bird, April Kae, Electricmaddie e a banda Kid Sistr.

Juliana Macuco

Kaysie (@feelingblew): Comecei a postar vídeos de guitarra no Tiktok em outubro de 2021. Sempre tive meio que uma síndrome da impostora, porque as pessoas que eu conhecia estavam todas gravando música e lançando, e eu não sentia segura. Eu via o Tiktok meio que como uma plataforma de spam, onde ninguém se importava, e eu poderia manter ali um arquivo das coisas que eu estava fazendo sem que ninguém visse. Não foi o caso, e um monte de pessoas incríveis viram o que eu estava fazendo e criei ótimas conexões. Eu me senti muito inspirada ao ver mulheres postarem vídeos de sua arte. Fazer loops é minha atividade preferida e ver outras pessoas criarem a partir de suas músicas favoritas era algo que eu buscava. Duas pessoas que se destacam para mim no TikTok são a @Bassrilia e a @Mollymcphaul. Sempre que as vejo no meu feed, eu entro e me perco nas páginas delas. 

Marília Toledo (@bassrilia): Foi justamente vendo vídeos de outras meninas tocando, que falei “Que incrível o poder da mulher com um instrumento na mão!”. Na época, seguia uma menina muito famosa, a Blue DeTiger, a precursora do movimento baixista no TikTok. Ela é a maior, via os vídeos dela e pensava “Que incrível!”. E eu queria muito começar a gravar, mas os equipamentos são muito caros. Mas fui fazendo, aos trancos e barrancos. 

Nina Lüders (@iamnotsolange): Comecei a postar vídeos em abril de 2021. No início, era apenas uma forma de monitorar o meu progresso e criar um diário visual para ver o quanto eu poderia evoluir tocando guitarra e baixo. Gosto de como o TikTok parece mais intimista e menos polido que o Instagram, então para mim era um espaço seguro onde eu podia simplesmente postar imagens minhas brincando com um novo hobby. Eu não pensava que fosse grande coisa nessa época, mas o que realmente me fez querer continuar foi a incrível comunidade de músicos que se apoiam ali – eu fiz tantas amizades talentosas, incluindo pessoas que eu já admirava antes, e tive tantas oportunidades pelas quais sou grata.

Marília

Qual é o principal feedback do público? 

Marília Toledo (@bassrilia): Recebo várias mensagens de gente falando “comprei um instrumento por sua causa” ou “comprei uma guitarra igual à sua!”. Fico super feliz porque de certa forma, influenciar alguém positivamente a aprender algo novo. No início, compartilhava meu processo, até por ter pouca gente, eu levava o erro menos a sério. Então, não ligava de postar um vídeo que estava meio errado, porque era um processo de aprendizado. Depois, fiquei mais atenta, presto mais atenção no que eu posto porque o hate é maior. Ninguém está blindado de receber hate. Quanto maior o alcance, mais comentários as pessoas vão fazer. E sempre vem de homens. Os hates mais frequentes são relacionados à gênero, tipo “uma mulher não devia tocar”, “para de fingir que você sabe tocar”, umas coisas tão antigas, e tem gente que acha que os vídeos são fakes. No início, um comentário negativo me influenciava por semanas, ficava pensando naquilo dias e noites, mas hoje passa batido. Aprendi a reconhecer o valor do que estou fazendo. E tem o reforço positivo do outro lado de gente querendo aprender, de gente comentando que gosta muito dos vídeos, criei uma rede de apoio.

Nina Lüders (@iamnotsolange): Acho que a comunidade musical do Tiktok é tão diversa e é maravilhoso ver tanta visibilidade para musicistas talentosas de tantas origens diferentes – já era hora de muitas delas chegarem aos holofotes. Quando eu era mais nova, nunca via pessoas que se pareciam comigo tocando o tipo de música que gosto de tocar, e ao ver isso no Tiktok percebi o quanto essa força de representação pode ser poderosa. Hoje recebo DMs o tempo todo de outras artistas negras aspirantes me dizendo que depois de terem me visto tocar, também quiseram aprender. É um efeito dominó muito legal de se ver e me sinto honrada em ser uma pequena parte disso.  Entre as TikTokers que me inspiram estão @Towabird (minha favorita!), @Bassrilia, @Bassbyamelia, @Cowgirlb3b0p, @Leithross, @Miamaddenmusic, @Curlyhendo, só para citar algumas. 

Bebé

Quem te inspira a tocar? 

April Kae (@aprilkae.nyc): Guitar Gabby, Big Mama Thornton, Betty Davis, Aretha Franklin e Beyoncé. Meus artistas favoritos são Aretha Franklin, Lil Nas X, Doja Cat, Steely Dan, Sly and The Family Stone, Now, Now, Radiohead, Hole e Dolly Parton. E meus álbuns favoritos são Threads (2012), da Now, Now, In Rainbows (2007), do Radiohead, Bitches Brew (1970), do Miles Davis, Montero (2021), do Lil Nas X, e Matangi (2013), da M.I.A. As TikTokers que me inspiram são a @thepocketqueen, a @chenarox, a @kikiwongo, a @kay1aplaysbass e a @bassrilia.

Bebé (@bebesalvego): Esperanza Spalding. É muito doido, vejo os vídeos dela e choro, me emociono, porque é um negócio muito presente. Poxa, pensando em TikTokers que me inspiram, só penso na Troá (@pwrtroa) e na Tuyo (@oituyo_), duas bandas xodózinhas. São muitos artistas favoritos, porque o Brasil é ouro demais! É Tuyo, Boogarins, Luedji Luna, Liniker, Tássia Reis, Troá, Jadsa… Dá até uma empolgação de pensar nesses nomes. Brasil é ouro, procurem saber, galera! Caraca, é difícil selecionar álbuns e sons favoritos porque são muitos, muitos e muitos, e cada vez vai virando uma lista gigante. Mas penso muito em “Soledad”, da Tuyo, Desejo de Lacrar (2020), do Negro Leo, Bom mesmo é estar debaixo d’água (2020), da Luedji Luna, e Indigo Borboleta Anil (2021), da Liniker.

Érica Silva

Erica Silva, Mulamba (@mulambaoficial): Esperanza Spalding, Erykah Badu, Björk, Solange, HAIM, Mayra Andrade, Lianne La Havas, Tal Winkenfeld, Janet Jackson, Rina Sawayama e Feist. Gosto demais da cena do k-pop: I.U, Taeyeon e Seulgi. Do Brasil, Xênia França, Margareth Menezes, Roseane Santos, Juçara Marçal, Luíza Lian, Elza Soares e muitas outras. Sou muito pirada em Milton Nascimento e Clube da Esquina. Tem dois projetos japoneses que acompanho bastante também chamados Sakanaction e MONDO GROSSO. Tenho alguns álbuns que não saem do meu Spotify: Áfrico (2013) do Sérgio Santos, Emily’s D + Evolution (2016), da Esperanza Spalding, Blood (2015) da Lianne La Havas, Xenia (2017) da Xênia França, Caracal (2015) do Disclosure e o clássico Clube da Esquina (1972).

@mulambaoficial

que “lascívia” tá linda demais todo mundo sabe, mas nossa produtora maravilhosa Érica vem contar pra você como foi a produção desse som.

♬ som original – MULAMBA

Juliana Macuco (@jubarrrte): Rita Lee, Stevie Nicks, Karen Carpenter, e claro, Kim Gordon e Kim Deal. As minhas bandas favoritas são Beatles, Electric Light Orchestra, Abba, Harry Styles e The Strokes. Meu álbum favorito é o Sgt Peppers (1967), mas “While my guitar gently weeps” e “Mr. Blue Sky” dividem o pódio de músicas favoritas.

Kaysie (@feelingblew): As musicistas Luna Li, Melanie Faye e Emily Krueger são grandes inspirações para mim. Quando comecei na guitarra, eu ia atrás dos loops da Emily no Instagram e ficava tocando no repeat. Luna Li lançou uma música chamada “Baby Shred” que me fez querer incorporar outros instrumentos nos meus loops, como bateria, baixo e synth. Sou obcecada com todos eles e o que eles são capazes de fazer. Meus artistas favoritos são Ritt Momney, Vansire, No Vacation, Far Caspian, e Porches. Sempre muda, mas na maior parte do tempo é nesses que eu vou. E os discos que eu mais gosto, que não pulo nenhuma faixa, são o autointitulado (2021) do Del Water Gaps, Juno (2021) do Remi Wolf, e Ctrl  (2017) do SZA.

Marília Toledo (@bassrilia): Entre as musicistas, tem a Ana Karina Sebastião, baixista da banda da Liniker e de vários outras artistas. Tem também a Carol Navarro, baixista da Supercombo. Eu ouço tanta coisa e é bem variado. Gosto do Pixies, Sonic Youth e Talking Heads. Ainda mais quando tem baixistas mulheres. Ando ouvindo muito King Krule e Idles. Amo Boogarins e O Terno. Acompanho a Ana Frango Elétrico e toda essa cena toda do underground brasileiro. Para mim, um dos melhores álbuns brasileiros é o Clube da Esquina (1972) e Refazenda (1977), do Gilberto Gil. Entre álbuns preferidos, gosto muito de Room on Fire (2003), do The Strokes, poderia ser a trilha sonora da minha vida. E acho que minha música preferida é “This must be the place”, do Talking Heads. E eu amo o trabalho da Michelle Zauner, a Japanese Breakfast. É uma das minhas maiores obsessões do momento, ela parece ser um doce, as músicas são perfeitas. Estou lendo o livro que ela escreveu, o “Aos prantos no mercado”.

Nina Lüders (@iamnotsolange): Amo Ella Fitzgerald, Vashti Bunyan e Joni Mitchell. São meus maiores exemplos femininos, eu diria. Além disso, também admiro várias mulheres contemporâneas, como Sur Back, Karen O, SZA, Blu DeTiger, Samia e Phoebe Bridgers. Strokes é minha banda preferida de todos os tempos. Também sou uma GRANDE fã do Interpol, The Rapture, Arctic Monkeys, The Garden, French Kicks, Yeah Yeah Yeahs, Piero Picconi, Trudy and the Romance, Inner Wave, Alex G, The Marias e Sonic Youth. Meu álbum preferido é Is This It (2001) dos Strokes. Quando eu era criança amava The Black Parade (2006) do My Chemical Romance, apesar de ser nova demais para estar ouvindo aquilo. Também sou uma grande fã de To Pimp a Butterfly (2015) de Kendrick Lamar e do EP 1991 (2012) da Azealia Banks. Quando eu tocava mais piano clássico, tinha uma queda por Erik Satie e Ravel, que ainda ouço hoje em dia.

@iamnotsolange

if u saw the pizza box on the ground no u didn’t 🙂 #guitartok #originalsong #indie #nyc #femaleguitarist

♬ original sound – nina lü

Você toca em alguma banda ou tem um projeto solo? 

Aprik Kae (@aprilkae.nyc): Eu toco com muitos artistas, incluindo a banda IMANIGOLD, a banda BØØTY e a artista Caroline Kingsbury.

Kaysie (@feelingblew): Não sou uma garota dos shows, nem uma performer, mesmo. Tenho um medo terrível de palco. Mas faço coisas legais com meu amigo produtor Mayu. 

Marília Toledo (@bassrilia): Faço parte da banda Misandri, e vou tocar num projeto de um amigo, que chama Irmão Victor. Estamos até pensando numa turnê. Eu pretendo criar um projeto autoral, assim que eu achar alguém que eu me identifique também, mesmos gostos.

Nina Lüders (@iamnotsolange): Tenho um projeto solo chamado Speedrun, que faço com a ajuda do meu produtor Frank Corr (@morningsilk, que também conheci pelo TikTok). Tudo que escrevo vai na linha do garage rock de Nova York dos anos 2000. Eu também toco baixo na Middle Part, banda dos meus amigos Andy Selkow e Brian Zaremba.

 

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